Sabe uma mulher que inspira? Essa é Patricia Melo. CEO dos restaurantes Manjericão, Noz e NATTO, Pati atua na área da Gastronomia mas já caminhou pelo universo da Moda e da Enfermagem. Ousada, cheia de estilo e com um talento inigualável, se tornou referência na cidade pela excelência dos seus empreendimentos.
Pati Melo é nossa primeira convidada para contar um pouco sobre sua história e tivemos o prazer de recebê-la na Clareô Brasil para nos preparar um dos pratos dos seus restaurantes e compartilhar de experiências.

Foto: Pati Melo (Autoral)
Seja bem- vinda, Pati, a gente quer saber quem é Pati Melo?
PM: Bem, primeiro eu agradeço, né? Fico lisonjeada de ter sido a primeira a ser entrevistada para o blog, desejo sucesso a esta loja maravilhosa que sou cliente, faço parte. E eu sou… Posso dizer que sou uma mulher inquieta, que estou sempre em busca de estar em movimento. Eu sou uma pessoa que não sou formada, apesar de hoje fazer parte da gastronomia, eu não sou formada em gastronomia. Já fiz moda, tudo a ver (risos). Fiz enfermagem, trabalhei também na área e acabei, com o dom que eu tenho da gastronomia, tomando parte do restaurante que era dos meus pais por 15 anos. Eu assumi a linha de frente do restaurante, modifiquei, dei minha cara, estou há seis anos com o Manjericão, que foi o meu primeiro restaurante, criando uma história dentro de Feira de Santana na gastronomia, tentando trazer o melhor que eu posso para o público de Feira.
Então vamos lá, uma mulher multifacetada e com conhecimento em diversos ramos, como foi para você entrar nesse mundo do empreendedorismo?
PM: Bem, eu entrei no empreendedorismo na gastronomia de paraquedas. Eu já me via um pouco sem conseguir me encontrar nessa parte de moda, de enfermagem, eu realmente não sentia o meu coração pulsar nesses dois ramos e caí de paraquedas numa decisão que não foi nem minha, assumir o restaurante dos meus pais, né? Aposentar a minha mãe que já havia um tempo trabalhando, cansada, tive que realmente aposentá-la pra poder assumir e não foi uma decisão minha, foi uma decisão do meu esposo com meu pai, caí verde no ramo, quem me conheceu logo quando eu abri, né? Via que eu realmente engatiei, eu fui crescendo com o passar do tempo, obviamente que me doando muito, buscando, estudando, mas assim, foi algo que eu fui, foi paulatina, foi um crescimento aos pouquinhos, foram passinhos de formiga mesmo.
E se identificou, né?
PM: Me identifiquei, amei de cara, apesar de acordar em inúmeros dias, muito nervosa, sem saber o que me esperava. Eu realmente faço o que eu amo, eu trabalho todos os domingos amando mesmo o que eu faço, com maior prazer. Eu me identifiquei, me encontrei.
Eu acho isso muito incrível, porque a gente acha que… A gente entra na faculdade e acha que aquilo vai ser para a vida inteira, né? Eu também caí de paraquedas aqui no mundo da moda, do empreendedorismo. Fiz direito, sou advogada, não exerço, tô aqui também de paraquedas e super feliz. Então, como você falou que você assumiu um empreendimento que era dos seus pais, as suas referências são seus pais dentro desse ramo?
PM: Sim, minha maior referência é minha mãe. Eu venho de uma família de mulheres que cozinham, eu realmente tenho um dom. Tenho um dom que me aperfeiçoei, eu trabalhei, eu melhorei, mas esse dom maior e a minha maior referência de fato é a minha mãe.
Pati me conta quais são os seus maiores desafios e como você vem superando esses obstáculos?
PM: Bem, o meu maior desafio que eu enfrento desde o início, é trazer uma gastronomia de ponta para a cidade de Feira. Nós moramos muito perto de uma capital, e isso facilita as pessoas irem a Salvador consumir esse tipo de serviço, deixando, às vezes, de consumir na sua própria cidade. Mas isso vem se quebrando, tanto é que muitos outros restaurantes estão vindo para a Feira de Santana, chegando, porque, de fato, estamos criando uma cultura de pessoas que valorizam as coisas da terra, do que se faz aqui dentro, e experienciando viver isso dentro da sua própria cidade. Eu ouço muito de muitos clientes não encontrar uma comida igual à nossa em São Paulo, em Salvador, em outros lugares do mundo. E eu fico muito feliz, realmente. Esse é o meu maior desafio, que eu venho vencendo e a gente tem realmente chegado bem. E eu venço esses desafios com persistência. Mantendo minha qualidade, trazendo o que há de melhor. A gente vence mesmo é mostrando e educando o nosso público e os nossos clientes de que realmente a gente pode ter, dentro da nossa cidade algo de ponta que você encontra em outro estado, em grandes capitais.
E aqui em Feira necessitava de um restaurante assim. E uma coisa que eu acho bem bacana e muito incrível é que você traz, além da comida maravilhosa, uma experiência dentro dos seus restaurantes, né? A gente sente um conforto no ambiente, a gente vê a arquitetura, a gente vê o design. Como é pra você isso, trazer essa experiência de gastronomia pra cidade de Feira de Santana.
PM: A gente acha que, de fato, pra se diferenciar não adianta só fazer a comida, né? A gente precisa receber o cliente, a gente precisa atendê-lo da maneira como ele merece, né? E dar a ele aquela gastronomia que a gente traz os melhores insumos, busca o que há realmente de melhor pra ele. A gente dentro de um interior já é difícil ter acesso a coisas de ponta, mas a gente briga por isso, pra criar de fato uma experiência completa. Da chegada à saída, ao atendimento, ao local, a aclimatização, a comida, a entrada, pratos, sobremesas, drinks. A gente tenta, não posso dizer que nem sempre a gente talvez consiga isso pra todos os clientes, mas a gente tenta.
Então, além do seu sucesso na culinária, a gente vê que você é uma mulher que transborda estilo, né? Acabamos de descobrir que fez moda, então tá meio que mais explicado todo o estilo que tem, mas como que você vê a moda dentro do seu ambiente profissional, do seu âmbito profissional, do seu âmbito pessoal? Como você se relaciona com ela fora da atuação que você não atua?
PM: Eu amo moda. Sempre, desde criança. Desenhava, achava que iria ser estilista. Inúmeras revistas, minha mãe fazia várias assinaturas. O sonho era grande. E incorporo ele pra minha vida. Continuo amando moda, hoje como compradora. Sigo blogs, sites, acompanho as lojas, as tendências. Acho que tem tudo a ver com a gastronomia. Gastronomia também segue tendências. Segue lançamentos, seja estrutural, seja de pratos, de visual, tudo segue. Na gastronomia, é uma linha mais demorada da moda. Com a moda de roupa, ela é muito mais versátil. Mas assim, ela também segue, ela também se inspira. A gente tenta trazer para os restaurantes uma arquitetura que esteja no momento acontecendo. Então a gente não deixa nunca de estar envolvido com moda, com estética, com essa parte visual que acaba se interligando.
Sim, porque acaba criando esses movimentos sociais, né? Gastronomia, arquitetura, moda, tudo ali…
PM: -música, tudo…
Pati, obrigada pela sua participação. Esse foi o nosso Bate Papo com Pati, espero que vocês tenham gostado.
PM: Eu que agradeço. Vamos ali agora cozinhar, fazer um pratinho. Que eu não poderia deixar de vir aqui em cozinhar, mas já estou aqui de olho nas novidades que essa loja é maravilhosa e se eu fosse vocês eu corria para cá.
E eu aqui babando esperando esse prato. Até mais.
Confira o #ClareôExperience com Pati Melo que está disponível no nosso post do Instagram:
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